segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sem título

Uma estrada vazia.
Uma estrada ladeada por árvores. 
Árvores enormes, antigas, cujo os galhos tentavam desesperadamente se encontrar como num abraço.
Se você tentar olhar para o céu, buscando por suas nuvens, não o encontrara.
Há somente os inúmeros tons de verde avista.
Um enorme corredor de árvores.
Um corredor de árvores sem fim, é o que ela pensa.
A garota continua a andar por está estrada sem saber o que quer encontrar no final. Ela apenas caminha aproveitando a paisagem ao seu redor.
Depois de muito andar, a estrada estava chegando ao seu final. 
No final daquela estrada, a garota encontrou uma casa. Uma casa simples de madeira.
Ela entrou sem cerimonia na casa de madeira. Não havia muita coisa em seu interior, uma mesa velha de madeira, duas cadeiras feitas do mesmo material, uma lareira, uma panela antiga de ferro, uma cama com um colchão velho e um lençol azul, uma cabeceira de madeira ao lado da cama com um vaso de flores. 
Nesse vaso há um buque margaridas e gérberas brancas, estão secas. A garota fecha seus olhos e tenta imaginar como seriam aquelas flores com vida e sorri, lindas.
Ao abrir os olhos novamente, volta a explorar a casa. Encontra diversos objetos, um lampião quebrado, um porta retrato sem foto, um par de botas surradas que pertenceram a alguém muito maior que ela, um colar cujo a corda era feita de couro e o pingente era uma pequena pedra amarela, uma vassoura de palha velha.
Um som entranho a assustou, mas logo se acalmou ao notar que era apena o rangido da janela da cozinha. Foi até a janela para fecha-la e notou um pequeno jardim com margaridas e gérberas brancas embaixo dela. Decidiu colher algumas para colocar no vaso ao lado da cabeceira.
Ao pegar o vaso notou algo que não havia notado antes, um envelope embaixo do vaso de flores. Ela abriu aquele envelope de tom amarelado com manchas.
No seu interior havia uma carta, não havia endereçado ao remetente, sem título. Ela leu a carta, curiosa para saber do que se tratava. A medida que lia lágrimas brotavam dos seus olhos.
Quando acabou de ler a carta, colocou a novamente no envelope.
Pegou o vaso de flores e trocou as flores velhas por novas.
Colocou o vaso novamente na cabeceira da cama com o envelope embaixo.
Secava os pouco vestígios de lágrimas que estavam em seu rosto com a manga do seu casaco.
Deitou na cama olhando fixamente para as flores, pensando em tudo que acabara de ler.
Então ela disse quase que num sussurro: "será que a  pessoa que morava aqui encontrou a resposta para essa pergunta?"
Ficou alguns minutos em silêncio e sorriu.
Fechou os olhos lentamente e então disse em outro sussurro: "deve ser por isso que essa casa está vazia"
Continuou de olhos fechados, até adormecer.
Envolta pelo cheiro das flores.



A foto desse post. foi tirada por Dromera do DeviantArt.

Link: Dromera

Até a próxima

Um comentário: